Seguradoras devem dobrar investimentos em IA até 2030

A Wipro, multinacional de tecnologia e consultoria, divulgou o relatório “IA no mercado de Seguros: Hype ou mudança sem precedentes?”, que retrata uma indústria em acelerada transformação digital. O estudo, realizado com 100 executivos de seguradoras norte-americanas com receitas superiores a US$ 500 milhões, mostra que a inteligência artificial se posiciona como um dos principais vetores de competitividade do setor.

Nos últimos anos, a IA deixou de ser uma aposta experimental para se tornar parte central das operações das seguradoras. Segundo o relatório, 81% das empresas pretendem ampliar seus investimentos em IA no próximo ano, e o orçamento médio destinado à tecnologia deve subir de 8% para 20% em cinco anos. O avanço indica uma mudança de mentalidade em que a IA passou a ser vista como base estrutural para eficiência, inovação e crescimento.

Entre os principais dados do relatórios, 92% dos executivos afirmam que a inteligência artificial é essencial para aprimorar a experiência do cliente e a personalização de produtos. Quase metade das seguradoras (46%) já utiliza a tecnologia de forma ampla em seus processos de subscrição, enquanto 68% esperam maior precisão na análise de riscos e 62% buscam melhorar a retenção de clientes. O levantamento também mostra que 71% das companhias ainda enfrentam desafios para integrar a IA aos sistemas legados, e que 44% das empresas de menor porte não possuem políticas formais para o uso da tecnologia.

Apesar do entusiasmo, a modernização enfrenta barreiras. A integração da IA com sistemas legados é o principal desafio para 71% das companhias. Para contornar o problema, 65% delas adotam estratégias graduais de implementação. Outro ponto sensível é a ausência de políticas robustas de governança, especialmente entre seguradoras menores, o que levanta preocupações sobre conformidade e reputação.

“Nos EUA, temos observado que a integração da IA com sistemas legados é um dos maiores desafios. O mesmo ocorre no Brasil. As empresas brasileiras podem aprender com essa experiência, adotando uma abordagem progressiva e fortalecendo a colaboração entre especialistas em IA e subscritores”, explica Wagner Jesus, Country Head da Wipro no Brasil.

O estudo também reforça a importância da capacitação e da colaboração entre áreas, em que a metade das seguradoras (47%) está investindo na formação e contratação de profissionais especializados em IA, enquanto 41% estimulam a integração entre equipes técnicas e de negócios.

“A adoção de IA não é mais uma opção, é um requisito para o sucesso futuro”, afirma Ritesh Talapatra, vice-presidente e líder de setor de Mercados de Capitais e Seguros da Wipro. “As empresas que priorizarem resultados rápidos, fortalecerem a governança e alinharem a tecnologia aos seus objetivos estratégicos estarão mais bem preparadas para liderar essa nova era”, conclui.

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