Expansão do SRO pode trazer mais transparência

Durante painel na Insurtech Brasil 2024 que aconteceu em São Paulo, Cristiano Cesário, coordenador-geral na Superintendência de Seguros Privados (Susep), disse que o Sistema de Registro de Operações (SRO) caminha para incluir todos os tipos de seguros. “Ele é um dos únicos sistemas de registros de seguros do mundo que reunirá todas as informações sobre o tema e poderá ser consultado pela população. Existem outros sistemas, em outros países, mas nenhum tem essa pretensão. Podemos dizer que somos pioneiros”, afirmou.

O SRO é um projeto que moderniza o envio de dados do mercado supervisionado à Susep, através de registradoras de operações de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, permitindo que o regulador controle e fiscalize as operações realizadas no mercado.

É por meio do SRO, por exemplo, que qualquer cidadão portador de seguro em um ramo registrável pode ter acesso às informações de sua apólice, consultando o Sistema de consulta de seguros da Susep com sua conta gov.br. Atualmente, apenas os seguros de danos e pessoas em regime financeiro de repartição simples devem ser registrados no SRO.

Para Cesário, o objetivo do SRO é disponibilizar um repositório centralizado de informações com as principais operações do mercado de seguros para que a Susep possa melhorar sua atuação. “Eles servirão para que a Susep possa dar respostas mais céleres às demandas não só de órgãos de controle, como de toda a sociedade”, disse.

Transformação digital

O CTO da CSD BR, Daniel Polano, também integrou a mesa de discussão sobre o tema durante o Insurtech Brasil 2024 e destacou que o SRO ajudou a digitalizar as seguradoras desde seu lançamento.

“As empresas têm diferentes níveis de maturidade tecnológica. Em alguns casos, tivemos que criar a tecnologia para ‘ler’ arquivos PDFs, por exemplo. Então, o SRO está acelerando esse processo de transformação digital e padronização das seguradoras”, reforça.

Polano considera que o mercado está muito mais maduro, pois tanto as registradoras e seguradoras quanto a Susep, vêm escutando as demandas do mercado e, dessa forma, contribuem para a construção do sistema. Ele ainda destacou que a padronização das informações facilita uma das inovações trazidas ao SRO, a portabilidade, que permitirá que as seguradoras mudem de registradoras mais facilmente.

Luiz Gustavo Anastácio, Associate Partner do BTG Pactual, também presente no debate, explicou que, por parte das seguradoras, o trabalho é intenso há alguns anos para o registro dos produtos no SRO.

Anastácio disse, ainda, que os primeiros produtos exigiram uma demanda de trabalho maior para serem registrados. Contudo, com o passar do tempo, os passos seguintes ficaram facilitados. “Hoje a gente consegue fazer esse trabalho com mais automação e menos recursos”, finalizou.

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