Mesmo com o respaldo de um bom plano de saúde, o diagnóstico de uma doença grave costuma gerar impactos que vão além do campo da saúde. Mudanças na rotina, afastamento do trabalho, necessidade de cuidadores e adaptação da residência estão entre os muitos fatores que podem elevar significativamente o custo de vida durante o tratamento. Trata-se de um impacto silencioso, frequentemente subestimado, mas que pode comprometer tanto o equilíbrio financeiro quanto o bem-estar emocional da pessoa e de toda a família.
Nesse contexto, o seguro de vida com cobertura para doenças graves se apresenta como um importante instrumento de proteção financeira. Ao oferecer uma indenização ainda em vida, ele permite que o segurado concentre suas energias na recuperação, sem enfrentar sozinho os impactos econômicos causados pela enfermidade. “O seguro de vida evoluiu e está cada vez mais voltado para o uso em vida, acompanhando as transformações da sociedade”, destaca José Luiz Florippes, diretor de vendas de seguros da Omint.
Entre as doenças graves que o seguro de vida cobre está a esclerose múltipla, uma doença neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central. Há uma variedade de sintomas, como problemas de visão, dificuldades motoras e cognitivas, que podem levar à deficiência. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), estima-se que cerca de 40 mil brasileiros tenham o diagnóstico dessa doença, sendo 85% deles mulheres jovens, entre 18 e 30 anos.
Essas informações evidenciam a importância de um preparo financeiro. O Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional revela que 40% das pessoas com esclerose múltipla não estão trabalhando em decorrência dos sintomas. Já o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostra que, entre 2014 e 2018, a maioria dos benefícios concedidos a pessoas com esclerose múltipla (68,48%) foi o auxílio-doença previdenciário, destinado a casos de incapacidade temporária para o trabalho.
Em segundo lugar, aparece a aposentadoria por invalidez (25,38%), aplicada quando a condição se torna permanente. Quase um quarto dos benefícios concedidos no período (23,14%) foi destinado a pessoas com menos de 45 anos. “O aumento da incidência de doenças graves em pessoas jovens, em plena idade produtiva, é um sinal de alerta”, comenta Florippes.
Outra doença que tem cobertura no seguro de vida é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que vem acometendo pessoas de 18 a 50 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Há diversos fatores que podem aumentar as chances de ocorrência de um AVC. Entre eles, questões ligadas aos hábitos e ao estilo de vida lideram a lista, como sobrepeso, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool, sedentarismo e uso de drogas ilícitas.
“Dados como esses mostram a importância de olhar para o planejamento financeiro de forma ampla e estratégica. Ter um ativo de proteção como o seguro pode fazer toda a diferença diante de um diagnóstico delicado, trazendo mais segurança para o presente e para o futuro”, afirma Florippes.
Após o diagnóstico, o beneficiário deve entrar em contato com a seguradora e enviar os documentos necessários para dar entrada no sinistro, termo utilizado para referir-se a um evento coberto em contrato, como o de doenças graves, por exemplo.
Conforme estabelece a legislação brasileira, a seguradora fará o pagamento da cobertura contratada ao beneficiário em até 30 dias. Esse recurso poderá ser utilizado da maneira que o segurado preferir, seja para cobrir despesas médicas ou mesmo para garantir a manutenção do padrão de vida durante o tratamento.
Florippes ainda ressalta que, além do alívio financeiro, “o seguro oferece algo igualmente valioso: tranquilidade para que o foco esteja na recuperação. Em um momento tão delicado, contar com essa proteção pode fazer toda a diferença”, conclui.
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