EXCLUSIVO – Para falar sobre como bancos e seguradoras podem utilizar tecnologias como Inteligência Artificial e Analytics na prevenção de fraudes e crimes financeiros, o SAS promoveu o evento ”A revolução no combate a fraudes e crimes financeiros” na tarde dessa quinta-feira, 13 de abril, em seu escritório em São Paulo. O workshop reuniu especialistas, clientes e parceiros da empresa para abordarem as tendências da área.
Em sua apresentação, Fábio Lacerda, sócio da KPMG, falou sobre o tema ”Gestão do Risco de Fraudes: Como estar aderente às expectativas do regulador”. O executivo afirmou que os agentes reguladores devem adotar ações tempestivas; monitoramento, seleção e análise de operações suspeitas; e novos processos de aceitações de clientes para prevenir fraudes. ”É necessário que as empresas também adotem ações de acordo com o negócio e ramo que ela atua. É dever da área de auditoria interna oferecer um respaldo, baseada na regulamentação, para a gestão do risco operacional, tratando fraude também como risco. Identificar, registrar, avaliar, controlar e reportar uma possível ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou falhas são passos fundamentais para evitar prejuízos”.
Segundo Lacerda, a criação de um Comitê de Risco é uma solução para a identificação e compreensão das possibilidades de fraudes nos produtos, serviços e atividades das seguradoras. ”Para isso, é necessário contar com um bom sistema, base de dados e métodos quantitativos para aperfeiçoar a prevenção e detecção de crimes. Além disso, investir na disseminação do tema através do treinamento de funcionários e terceiros pode ajudar na gestão de fraudes, apoiando a evolução e coordenação de boas práticas”. O executivo ressaltou que uma abordagem eficaz de gestão de risco de fraude fornece a uma organização ferramentas para ajudar a gerenciar a área de uma forma consistente, de acordo com os requisitos regulamentares.
Ricardo Saponara, líder da Prática de Prevenção a Fraudes, Abusos, Desperdícios e Crimes Financeiros para a região Américas do SAS, apresentou o painel ”A transformação na prevenção de fraudes e lavagem de dinheiro em seguros”. Saponara falou sobre os principais desafios atuais para as áreas de prevenção à fraude e lavagem de dinheiro. Segundo o executivo, um dos principais obstáculos para as empresas é atender ao time-to-market, oferecendo um processo mais digital e respostas mais rápidas. ”Ao evitar abusos e irregularidades, seja em seguros ou planos de saúdes, por exemplo, é possível ter uma maior eficácia analítica e eficiência operacional”.
Saponara apresentou o case de prevenção de fraudes na Seguradora Líder, antiga gestora do DPVAT. O SAS desenvolveu um sistema na organização e entre 2017 e 2019 houve um desestímulo de ataques de quadrilhas contra o seguro obrigatório na ordem de 80%, poupando cerca de R$ 70 milhões somente em 2019. ”Através das ações estratégicas de administração do Consórcio, foi possível diminuir drasticamente algo que prejudicava o Estado. Buscamos dados operacionais para fazer um processo de integração de sistemas analíticos, realizando um monitoramento contínuo para uma melhor tomada de decisão na aprovação ou não de um sinistro. Um modelo preditivo, combinado com a Inteligência Artificial, gera otimização e economia nesta análise”.
Focando em estratégias de combate à fraude e lavagem de dinheiro para seguros e saúde na prática, Mauro Souza, Customer Advisor do SAS, apresentou como funciona o sistema da empresa e a importância do fluxo de dados na prevenção de crimes. ”Com uma base de dados estruturada, é possível identificar um cliente com maior potencial ao risco e combater uma possível fraude. O Open Insurance, que possibilita o compartilhamento de informações entre empresas, é um grande aliado das seguradoras na análise de perfil ou utilização de um segurado. A tecnologia nos permite entender as fragilidades em processos internos, melhorando a operação e dando uma visão completa de todas transações de uma organização”.
Nicole Fraga
Revista Apólice
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